terça-feira, 1 de julho de 2025

MARIA TERESA HORTA

MARIA TERESA HORTA

TEMPO

É o tempo da mentira

É o tempo curvo de matar

a morte

É o tempo exato

de estar exata e nua


nua e longa

na distância das fronteiras

do sangue

com cidades cortadas pelo meio


É o tempo grande

de estar cansada

e fria

de estar convosco e ter concessões nos olhos


É o tempo dia

de inventar paisagens

quentes

e ter um Carnaval vestido sobre os seios













 

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